quinta-feira, 27 de novembro de 2008

...but it goes on...

As espinhas estão infestando meu rosto de novo. É uma bosta. Eu costumava ter uma pele de porcelana quando adolescente. Isso me faz falta. Não creio que qualquer outro aspecto de mim na adolescência me faça falta. Acho que isso é bom. Deve ser ruim viver de saudosismo, achando que o passado é era bom. Pra mim agora é que é bom. É bacana até pensar que o futuro, baseado em agora, pode realmente dar certo! Seja lá como for, pelo sim e pelo não, melhor continuar vivendo o agora numa boa e deixar o futuro pra quando ele virar presente.
Alguma coisa anda me incomodando muito, mas eu não sei o que é. Aquela sensação de que estou esquecendo algo importante tem sido muito mais freqüente do que o normal. E eu nem sequer tenho esquecido coisas em casa ou no trabalho como de costume... Estranho.
Eu queria era esquecê-lo. Esquecê-lo de vez como deveria ser nesses casos. Dessa vez a briga foi feia. Incrível como a tecnologia provém várias formas de se discutir e desentender das pessoas até em distâncias consideráveis! Incrível! É assustador isso. Assustador.
E eu pedi pra ele não tentar mais fazer contato comigo. Eu quis dizer exatamente isso mesmo. A gente precisa deixar um ao outro pra trás e olhar pra frente e seguir adiante. É difícil pra caralho se desligar de alguém que se gosta. É terrivelmente doloroso na mesma medida em que é necessário. Uma merda. Acho que terei que me virar sozinha de verdade de agora em diante, hein? E ele ainda me respondeu dizendo que o adeus acabou com ele. Achei que ele ficaria aliviado, mas eu não podia dizer isso, não posso dizer mais nada a ele. A conversa acabou. Acabou tudo. Não podemos ser amigos. Não podemos nos falar. Não nos veremos mais. Acabou. Incrível como algumas coisas que deveriam dar certo terminam de forma tão brutalmente erradas... a gente não deveria ter terminado assim... a gente não deveria ter terminado assim com um adeus tão insincero espremido do meu coração fraco e zonzo e das minhas mãos inseguras e amarguradas. Não deveria nunca haver adeus entre nós. Mas há e agora é pra valer. Putaqueopariu! ...so tell me how long before the last one. So tell me how long before the right one. The story is old, I know, but it goes on... Acabei de ouvir isso. Tava ouvindo Smiths e isso acabou de ser cantado no meu ouvido. Fuck! Fuck!Bem, depois de passar uns dias chorando eu agora me olho no espelho e vejo que sou eu mesma, a mesma radical, intolerante e egoísta de sempre. Ele não me mudou. Nem o nosso fim me mudou. Acho que nada vai me mudar. e não é sem uma certa tristeza, uma certa consternação que escrevo isso. Eu mudei em tantos aspectos desde a merda da minha adolescência, mas no que diz respeito ao modo como eu me relaciono com os caras que gosto de verdade, continuo igual. Quando eu não estou apaixonada é diferente, consigo ser legal, gentil, faço concessões. Mas quando eu estou apaixonada eu sou o Mr. Hyde, sou um monstro! Um poço de egoísmo e carência e demando, exijo tempo e dedicação. Fuck. Preciso de ajuda profissional. Eu sou uma pessoa legal. Por que não consigo ser legal e calma e compreensiva e tolerante com os caras de que gosto de verdade? Por exemplo, por que não consigo ser permissiva com os meus objetos de desejo como sou com meus amigos? Dos meus amigos eu perdôo tudo! Nunca fico cobrando nada. Muito pelo contrário...
Ah, foda-se! Vou é ali passar gelol no meu mais novo hematoma no braço porque eu tô sempre me machucando nos lugares mais esdrúxulos porque tenho uma lateralidade pra lá de deficiente...