quinta-feira, 27 de novembro de 2008

calendário na parede...

Que droga, preciso de um namorado. É uma droga sentir este tipo de necessidade. Eu olhei pra os dvd’s ali empilhados porque faz séculos que parei de colocá-los em ordem alfabética e aí me ocorreu que tem um monte que eu só conseguirei assistir quando tiver um namorado pra ver comigo. Um monte de filmes de terror ou com cenas de violência que uma mulherzinha feito eu não vai conseguir ver sozinha e que não é a mesma coisa ver com amiga-amigo... Namorado a gente aperta, faz charminho de medinho. É bom ver filme de terror abraçado com alguém que você pode pausar (o filme, não o cara) e dar uns beijos, mas não muitos porque senão o filme não acaba de ser visto nunca. Por enquanto esta é a única razão pela qual eu acho que devo ter um namorado. Bem, na verdade tem uma outra que é basicamente sexo, mas, enfim, isso é uma grande fonte de problemas, isso sim. Eu quero é me tornar assexuada. É a melhor coisa. Mais econômica e menos cansativa. Um dia eu consigo.

No meu calendário de parede o mês ainda é outubro... Acho que isso diz bastante sobre a minha relação com o tempo exterior... :/

Outro dia eu estava andando de metrô de manhã e parecia ser tão tarde, noite mesmo, mas eu achava que não eram nem 10 da manhã. Quando olhei pra relógio do celular, passava um pouco das dez e meia. Mas parecia noite. e quando eu saí da estação da praça do relógio e andei em direção a luz, foi tão surreal. Foi como andar numa máquina do tempo, voltando no tempo. Cada passo uma hora voltando da noite para o dia. Sinto-me tão perdida às vezes... e ainda vem a bendita da literatura pra me foder de vez com a cabeça... Eu queria que a vida fosse mais como a literatura pras outras pessoas também. Às vezes eu ando e é como se tivesse um narrador na minha cabeça me contando a estória que estou vivendo. E aí tem sempre uma trilha sonora. E tem determinados enquadramentos. Talvez não seja literatura, seja o cinema o culpado de tudo. E eu converso comigo mesma o tempo inteiro quando estou só. Acho que deve ser por isso que detesto que desconhecidos inoportunos falem comigo, porque eles me interrompem o solilóquio. E eu não gosto de ter os pensamentos cortados, prematuramente podados por pessoas usualmente tolas e desinteressantes que ficam puxando conversinhas desnecessárias. Eu até entendo a parte das conversas serem bobas porque é difícil começar uma conversa de forma consistente, mas se a pessoa não tem nada que realmente importe pra me falar, por que simplesmente não segue calada? Eu só falo com desconhecidos quando quero dar em cima de forma descarada ou quando preciso de alguma informação ou, a coisa mais rara, quando acho que essa tal pessoa acabe sendo minha amiga num futuro próximo. Mas puxar papo só pra não ficar calada, isso eu acho o fim da picada! Acho coisa pra psiquiatra resolver na base da terapia eletroconvulsiva. Será que eu incomodo as pessoas com conversas idiotas e nem percebo? Será? Caracas... e se eu sou uma dessas pessoas desnecessariamente falantes?? Oh, fuck! Será? Não, não pode ser... Não. Será? Eu não me lembro de fazer esse tipo de coisa, mas eu não me lembro de quase nada mesmo... puuutz...

Ah, lembrei de uma coisa que eu queria escrever! Uma colega de trabalho recebeu de um aluno da 5ª série um jogo que veio numa dessas revistas “femininas” e que se chama jogo do prazer total. Além de ser um problema ter esse tipo de material circulando na mão de crianças, o conteúdo do tal jogo era de um artificialismo brutal! Tinha até a dica da hora da mulher soltar um gemido de prazer ao acariciar o parceiro. Affff! Além de dar as receitas de como enlouquecer seu homem na cama, ainda ensina até a hora certa pra gente gemer. É muito escroto isso! Muito escroto. Eu quero saber se nas revistas “masculinas” tem matérias ensinando os caras a dar prazer pras suas respectivas namoradas/esposas/whatever porque fiquei curiosa sobre a contrapartida. Outra dúvida: porque as revistas ditas masculinas só têm mulher pelada e nas ditas femininas não tem homem pelado? Acho isso tão injusto! Talvez eu até comprasse essas Cláudia e Criativa da vida se viessem com uns caras gatos pelados, mas não igual aos da G magazine porque eles colocam os caras de um jeito tão gay que pra mim fica brochante. Já imaginou que legal seria ler uma reportagem sobre os lançamentos do mundo dos cosméticos numa página e na outra ver um cara gato num ensaio sensual?! Muito melhor do que ficar vendo editorial de moda com as anoréxicas de sempre que deixam as leitoras se sentindo gordas e mal-vestidas. Acho que em revista de mulher só deveria ter foto de homem! :> As lésbicas que me desculpem pela exclusão, mas aí é só fazer uma revista mais específica, de mulheres homossexuais e colocar as reportagens de interesses específicos e uma mulherada pelada também. Acho que todo mundo deveria ter produtos ligados aos seus interesses de consumidores, de cidadãos, etc. É sério! Por que não?
Bem, acho que tô viajando demais. Melhor ir dormir. E ficar pensando em que beldade eu colocaria na capa e no ensaio sensual do primeiro número da minha revista feminina... mmmmm.... :>