quinta-feira, 27 de novembro de 2008

...but it goes on...

As espinhas estão infestando meu rosto de novo. É uma bosta. Eu costumava ter uma pele de porcelana quando adolescente. Isso me faz falta. Não creio que qualquer outro aspecto de mim na adolescência me faça falta. Acho que isso é bom. Deve ser ruim viver de saudosismo, achando que o passado é era bom. Pra mim agora é que é bom. É bacana até pensar que o futuro, baseado em agora, pode realmente dar certo! Seja lá como for, pelo sim e pelo não, melhor continuar vivendo o agora numa boa e deixar o futuro pra quando ele virar presente.
Alguma coisa anda me incomodando muito, mas eu não sei o que é. Aquela sensação de que estou esquecendo algo importante tem sido muito mais freqüente do que o normal. E eu nem sequer tenho esquecido coisas em casa ou no trabalho como de costume... Estranho.
Eu queria era esquecê-lo. Esquecê-lo de vez como deveria ser nesses casos. Dessa vez a briga foi feia. Incrível como a tecnologia provém várias formas de se discutir e desentender das pessoas até em distâncias consideráveis! Incrível! É assustador isso. Assustador.
E eu pedi pra ele não tentar mais fazer contato comigo. Eu quis dizer exatamente isso mesmo. A gente precisa deixar um ao outro pra trás e olhar pra frente e seguir adiante. É difícil pra caralho se desligar de alguém que se gosta. É terrivelmente doloroso na mesma medida em que é necessário. Uma merda. Acho que terei que me virar sozinha de verdade de agora em diante, hein? E ele ainda me respondeu dizendo que o adeus acabou com ele. Achei que ele ficaria aliviado, mas eu não podia dizer isso, não posso dizer mais nada a ele. A conversa acabou. Acabou tudo. Não podemos ser amigos. Não podemos nos falar. Não nos veremos mais. Acabou. Incrível como algumas coisas que deveriam dar certo terminam de forma tão brutalmente erradas... a gente não deveria ter terminado assim... a gente não deveria ter terminado assim com um adeus tão insincero espremido do meu coração fraco e zonzo e das minhas mãos inseguras e amarguradas. Não deveria nunca haver adeus entre nós. Mas há e agora é pra valer. Putaqueopariu! ...so tell me how long before the last one. So tell me how long before the right one. The story is old, I know, but it goes on... Acabei de ouvir isso. Tava ouvindo Smiths e isso acabou de ser cantado no meu ouvido. Fuck! Fuck!Bem, depois de passar uns dias chorando eu agora me olho no espelho e vejo que sou eu mesma, a mesma radical, intolerante e egoísta de sempre. Ele não me mudou. Nem o nosso fim me mudou. Acho que nada vai me mudar. e não é sem uma certa tristeza, uma certa consternação que escrevo isso. Eu mudei em tantos aspectos desde a merda da minha adolescência, mas no que diz respeito ao modo como eu me relaciono com os caras que gosto de verdade, continuo igual. Quando eu não estou apaixonada é diferente, consigo ser legal, gentil, faço concessões. Mas quando eu estou apaixonada eu sou o Mr. Hyde, sou um monstro! Um poço de egoísmo e carência e demando, exijo tempo e dedicação. Fuck. Preciso de ajuda profissional. Eu sou uma pessoa legal. Por que não consigo ser legal e calma e compreensiva e tolerante com os caras de que gosto de verdade? Por exemplo, por que não consigo ser permissiva com os meus objetos de desejo como sou com meus amigos? Dos meus amigos eu perdôo tudo! Nunca fico cobrando nada. Muito pelo contrário...
Ah, foda-se! Vou é ali passar gelol no meu mais novo hematoma no braço porque eu tô sempre me machucando nos lugares mais esdrúxulos porque tenho uma lateralidade pra lá de deficiente...

calendário na parede...

Que droga, preciso de um namorado. É uma droga sentir este tipo de necessidade. Eu olhei pra os dvd’s ali empilhados porque faz séculos que parei de colocá-los em ordem alfabética e aí me ocorreu que tem um monte que eu só conseguirei assistir quando tiver um namorado pra ver comigo. Um monte de filmes de terror ou com cenas de violência que uma mulherzinha feito eu não vai conseguir ver sozinha e que não é a mesma coisa ver com amiga-amigo... Namorado a gente aperta, faz charminho de medinho. É bom ver filme de terror abraçado com alguém que você pode pausar (o filme, não o cara) e dar uns beijos, mas não muitos porque senão o filme não acaba de ser visto nunca. Por enquanto esta é a única razão pela qual eu acho que devo ter um namorado. Bem, na verdade tem uma outra que é basicamente sexo, mas, enfim, isso é uma grande fonte de problemas, isso sim. Eu quero é me tornar assexuada. É a melhor coisa. Mais econômica e menos cansativa. Um dia eu consigo.

No meu calendário de parede o mês ainda é outubro... Acho que isso diz bastante sobre a minha relação com o tempo exterior... :/

Outro dia eu estava andando de metrô de manhã e parecia ser tão tarde, noite mesmo, mas eu achava que não eram nem 10 da manhã. Quando olhei pra relógio do celular, passava um pouco das dez e meia. Mas parecia noite. e quando eu saí da estação da praça do relógio e andei em direção a luz, foi tão surreal. Foi como andar numa máquina do tempo, voltando no tempo. Cada passo uma hora voltando da noite para o dia. Sinto-me tão perdida às vezes... e ainda vem a bendita da literatura pra me foder de vez com a cabeça... Eu queria que a vida fosse mais como a literatura pras outras pessoas também. Às vezes eu ando e é como se tivesse um narrador na minha cabeça me contando a estória que estou vivendo. E aí tem sempre uma trilha sonora. E tem determinados enquadramentos. Talvez não seja literatura, seja o cinema o culpado de tudo. E eu converso comigo mesma o tempo inteiro quando estou só. Acho que deve ser por isso que detesto que desconhecidos inoportunos falem comigo, porque eles me interrompem o solilóquio. E eu não gosto de ter os pensamentos cortados, prematuramente podados por pessoas usualmente tolas e desinteressantes que ficam puxando conversinhas desnecessárias. Eu até entendo a parte das conversas serem bobas porque é difícil começar uma conversa de forma consistente, mas se a pessoa não tem nada que realmente importe pra me falar, por que simplesmente não segue calada? Eu só falo com desconhecidos quando quero dar em cima de forma descarada ou quando preciso de alguma informação ou, a coisa mais rara, quando acho que essa tal pessoa acabe sendo minha amiga num futuro próximo. Mas puxar papo só pra não ficar calada, isso eu acho o fim da picada! Acho coisa pra psiquiatra resolver na base da terapia eletroconvulsiva. Será que eu incomodo as pessoas com conversas idiotas e nem percebo? Será? Caracas... e se eu sou uma dessas pessoas desnecessariamente falantes?? Oh, fuck! Será? Não, não pode ser... Não. Será? Eu não me lembro de fazer esse tipo de coisa, mas eu não me lembro de quase nada mesmo... puuutz...

Ah, lembrei de uma coisa que eu queria escrever! Uma colega de trabalho recebeu de um aluno da 5ª série um jogo que veio numa dessas revistas “femininas” e que se chama jogo do prazer total. Além de ser um problema ter esse tipo de material circulando na mão de crianças, o conteúdo do tal jogo era de um artificialismo brutal! Tinha até a dica da hora da mulher soltar um gemido de prazer ao acariciar o parceiro. Affff! Além de dar as receitas de como enlouquecer seu homem na cama, ainda ensina até a hora certa pra gente gemer. É muito escroto isso! Muito escroto. Eu quero saber se nas revistas “masculinas” tem matérias ensinando os caras a dar prazer pras suas respectivas namoradas/esposas/whatever porque fiquei curiosa sobre a contrapartida. Outra dúvida: porque as revistas ditas masculinas só têm mulher pelada e nas ditas femininas não tem homem pelado? Acho isso tão injusto! Talvez eu até comprasse essas Cláudia e Criativa da vida se viessem com uns caras gatos pelados, mas não igual aos da G magazine porque eles colocam os caras de um jeito tão gay que pra mim fica brochante. Já imaginou que legal seria ler uma reportagem sobre os lançamentos do mundo dos cosméticos numa página e na outra ver um cara gato num ensaio sensual?! Muito melhor do que ficar vendo editorial de moda com as anoréxicas de sempre que deixam as leitoras se sentindo gordas e mal-vestidas. Acho que em revista de mulher só deveria ter foto de homem! :> As lésbicas que me desculpem pela exclusão, mas aí é só fazer uma revista mais específica, de mulheres homossexuais e colocar as reportagens de interesses específicos e uma mulherada pelada também. Acho que todo mundo deveria ter produtos ligados aos seus interesses de consumidores, de cidadãos, etc. É sério! Por que não?
Bem, acho que tô viajando demais. Melhor ir dormir. E ficar pensando em que beldade eu colocaria na capa e no ensaio sensual do primeiro número da minha revista feminina... mmmmm.... :>

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

um copo de cólera

Comecei a ler outro livro hoje. Não, eu ainda não terminei de ler os outros tantos que havia começado antes, mas é que eu precisava começar este. Eu estou querendo lê-lo há séculos: um copo de cólera, do Raduan Nassar, o mesmo de lavoura arcaica, meu livro favorito! Eu nunca achava esse bendito pra comprar, mas como eu soube que ele só escreveu esses dois livros e um outro chamado menina à caminho, agora que sou uma adepta do estantevirtual, o encomendei esta semana e ele chegou hoje e aí eu precisava lê-lo. Ah, a compra foi uma bagatela, assim como o menina à caminho que – espero eu – chegue amanhã às minhas mãos. Ele é um livro fininho e pequeno e está com a capa velhinha, mas o que me importa é o conteúdo, o que me obriga a fazer analogias dele com os homens em geral, que costumam me prender mais pelo conteúdo perturbador do que pela aparência. Não que eu tenha algo contra livros novinhos, capa-dura, letras douradas and stuff, ou contra homens igualmente bonitos como livros novos e bonitos, mas é que os que não são bonitos e nem atraentes à primeira vista, pelo conteúdo, conseguem me deixar totalmente apaixonada e atordoada.
Ainda não terminei de lê-lo e sinto que terei que relê-lo na seqüência porque ele é foda. Não tão impactante quanto lavoura arcaica, mas é bem denso. E sem pontos. Quer dizer, tem pontos finais ao final de cada capítulo o que me faz ler como se eu estivesse correndo uma maratona. Chego ao final dos capítulos sem fôlego! É ótimo isso! É lindo! É mágico!
Enfim, tive que parar porque as minhas amigas que estavam aqui em casa estudando foram embora e eu precisava fechar a porta e tals e aí resolvi escrever sobre como eu gosto da forma como o Raduan escreve sobre sexo. Adoro! Ele escreve de uma forma que não é nem tão pornográfica e nem tão puritana quanto eu estou acostumada a ler ou a pensar, o que me dá uma perspectiva totalmente diferente do que eu não sei mas imagino. Eu gosto de ouvir homens falando sobre sexo ou então ler o que eles escrevem porque é um lugar no qual eu jamais estarei porque só posso sentir as coisas a partir do meu ponto de vista de mulher, por mais que eu possa tentar imaginar como é... Gosto de ouvir meus amigos falando sobre sexo e gosto de saber como as coisas mais simples podem ser assustadoras ou o contrário: como coisas que são totalmente mitificadas e mistificadas pra mim, são simples pra maioria dos caras ou, pelo menos, pra os caras normais porque eu considero meus amigos normais. Se eles têm alguma tara que eu consideraria anormal (pedofilia, necrofilia, cropofilia, etc...), eles nunca me disseram, so...
Eu tenho pensado muito sobre sexo e suas implicações. Penso, não fantasio. Não sou muito chegada em fantasiar, prefiro viver, experimentar. Fantasia comigo é só o sonho de ganhar na loteria até porque isso é algo que provavelmente não viverei nunca... então dá-lhe fantasia sobre a minha vida de multimilionária da megasena acumulada... O resto eu penso, eu reflito, eu questiono, eu debato, rumino. Inclusive sexo.
Incrível como uma coisa tão básica na natureza humana pode ter conotações tão diversas da sua natureza fundamentalmente fisiológica, especialmente quando se trata da sexualidade feminina... Nossa, isso dá tanto pano pra manga que eu fico com preguiça até de começar a escrever aqui, até porque meus pontos de vista são absolutamente pragmáticos neste sentido: eu não sei sobre as outras mulheres, mas eu preciso de sexo. Ponto. É uma necessidade tão primordial quanto qualquer outra que envolve auto-conhecimento, auto-preservação e uma boa dosagem de auto-destruição. É como usar drogas, em suma. E eu sou adepta delas, claro. Eu bebo socialmente = álcool é droga. Eu tomo altas doses de cafeína seja em café, em chás ou nos chocolates que eu faço questão absoluta de ingerir. Bem, eu não fumo, mas é que cigarro é estúpido e faz as pessoas parecem mais estúpidas que álcool, na minha opinião, e quem fuma fica o tempo inteiro fumando, quem bebe, não necessariamente. Enfim, o meu ponto é, a humanidade usa substâncias pra sair de seu estado “normal” de consciência desde desde e, pra mim, isso é tão necessário quanto o prazer que o sexo oferece e pode ser tão perigoso quanto. Isso tudo me leva a crer que eu deveria ter continuado virgem porque aí nem saberia sobre como é sentir vontade de algo que precisa – na minha opinião – necessariamente do consentimento & envolvimento/participação de outra pessoa. Esta parte, aliás, é a pior de todas no que diz respeito à sexo. Nem sempre eu tenho um homem disponível pra mim. Quão frustrante... ainda não aderi à política de pagar por sexo, o que eu considero uma coisa bem aceitável no "universo masculino" e que deveria ser mais amplamente difundido no "universo feminino", o que diabos seja lá que isso signifique. E também não estou tentando esmiuçar todas as questões sociais por trás do fenômeno da prostituição, eu só estou dizendo que, às vezes, é bem mais simples (= melhor) você manter uma relação estritamente financeira/profissional com alguém do que ter que se afundar em afetividade pra se conseguir sexo. Sexo é só sexo, poxa vida. Tudo o mais foi um tanto de coisas que nós penduramos nele! Deveria ser muito mais simples. As pessoas deveriam poder ser mais livres no que diz respeito ao uso de suas genitálias. As pessoas deveriam se encontrar, trepar e pronto, depois cada um vai pra sua casa, a não ser que as pessoas realmente quisessem passar mais tempo juntas e fazer outras coisas fofas que casais fazem ou até mesmo procriar. Mas não deveria haver tanta imposição tanto freio tanto cerceamento tantas normas sociais e tanto bafafá em torno de algo tão simples entre adultos, que isso fique bem claro que estou falando de adultos no poder de suas faculdades mentais. Sexo é coisa pra adulto responsável por seus atos, não é pra adolescentes o que deve soar extremamente reacionário, mas é o que penso até porque é verdadeiramente deprimente ver garotas do ensino fundamental irem pra escola com seus barrigões precoces e suas vidas semi-arruinadas pela irresponsabilidade.
Talvez essa minha estória de liberdade e sexo seja revolucionário demais pra nós humanos no estágio em que nos encontramos... Enfim, vou é terminar de ler meu livro antes que eu fique deprimida pensando em todas as coisas que eu deveria poder fazer sem ser taxada de marginal perante a sociedade que tanto me oprimi e reprimi mesmo nas minhas necessidades mais básicas até chegar ao ponto de me fazer questionar a respeito do que diabos vem a ser a minha dita humanidade e civilidade...

sábado, 15 de novembro de 2008

bebidas

bem, acordei há praticamente meia hora. quer dizer, tive que acordar infinitas vezes até conseguir realmente ter um sono ininterrupto lá pelas 14h, o que me deixou bem debilitada. sou uma pessoa que precisa dormir bastante. mas a bebida não me deixou dormir bastante, quer dizer, o abuso de ontem a noite não em deixou dormir initerruptamente porque cheguei em casa já passando mal horrores e taí a coisa que me deixa puta sobre eu não aguentar praticamente nada em termos de bebida... sou uma mulherzinha... que droga.
não me arrependo das coisas que faço bêbada até porque beber tem que servir pra alguma coisa mais que me fazer rir e ficar simpática; o que me irrita é não aproveitar as coisas que faço bêbada como eu aproveitaria se não estivesse bêbada, mas isso é um paradoxo insolúvel já que eu não faria nada se estivesse absolutamente sóbria e tímida e introspectiva como sempre, então não teria nada mesmo o que aproveitar. :/
festinha de aniversário do meu amigo foi ótima! revi as conversas loucamente divertidas com amigos que eu amo demais mas com os quais não tenho passado nenhum tempo de qualidade ultimamente porque eles gostam de bar e eu de festas pra dançar... enfim, sei lá, vai faltando tempo pra acompanhar o ritmo frenético de aventuras da galera. eu tenho 31 e estou apreciando ficar em casa vendo dvd's e comendo porcarias que eu peço pelo telefone. and proud of it!!! :>
mas de vez em quando é ótimo abusar de tudo o que se tem disponível sem ter que me preocupar com nada porque, vamos e convenhamos, qual seria o motivo de minhas preocupações pra este sábado? nenhuma! eu sou uma pessoa cuja maior preocupação - atualmente - é qual o próximo livro que lerei. até minha sorte de hoje no orkut fala a respeito disso: Sorte de hoje: Comece a ler um livro hoje.
a vida chegou num ponto ímpar pra mim: eu não tenho absolutamente nada com o que me preocupar porque qualquer preocupação seria à toa... minha saúde tá boa (descontando o dia de hoje claaaaaaro!), tenho um emprego, uma casa, a UnB tá indo bem... obviamente existem coisas com as quais eu poderia me preocupar como: será que continuarei dando aula na mesma escola porque eu realmente gosto de lá e gostaria de continuar lá? não há como eu ter a resposta pra esta pergunta, portanto seria irracional ficar sofrendo por antecedência com isso. posso me preocupar com o rombo crônico na minha conta do banco, mas só me preocupar não adianta porra nenhuma, eu tenho é que me organizar.
posso ficar preocupada com o fato de não ter um namorado, mas isso acho que é a preocupação mais sem fundamentos do mundo já que não é uma questão para a qual eu possa impor minha decisão pra o Universo. o Universo não gira ao meu redor e nem respeita minhas decisões desse modelo. outras até que ele respeita, mas essas não. eu posso em preocupar com as pessoas que gosto e, normalmente, faço isso bastante, mas, sejamos francos, cada um é que deve se preocupar consigo mesmo, preocupar-se em não fazer tantas merdas que poderiam ser evitadas e viver a vida de forma bacaninha. se a pessoa quer fazer merdas e chafurdar nelas, de que vai adiantar a minha preocupação? eu agora procuro não me preocupar tanto com os outros, fico mandando pensamentos positivos e, se me pedem ajuda e eu puder fazer algo a respeito, eu ajudo. é bom poder fazer algo pelas pessoas que eu amo e respeito e que quero ver felizes pra sempre! pode ser até pregar um botão de uma camisa, como já aconteceu no trabalho. eu me sinto feliz e útil. chega de preocupações abstratas, melhor me manter no nível do mundo real e suas contingências extremamente palpáveis.

enfim, seja como for, adorei a noite passada cheia de flashbacks e álcool e conversas maravilhosamente divertidas e tudo o mais que aconteceu porque eu abusei de tudo e me senti compelida a fazer algo por mim mesma sem pensar em mais ninguém. egoísmo? sei lá. e quem se importa se for? eu posso fazer coisas porque eu quero e posso fazê-las. e foi ótimo! pena que meu organismo tenha planos totalmente diferentes... :>

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

platonicamente assexuada?

Pois bem, estou ouvindo Los Hermanos (quem sabe o que é ter e perder alguém sente a dor que senti...) de novo, comi um monte de bis e vi uma comédia romântica... pois é, eu vivo me repetindo, né? é... Mas, enfim, a comédia romântica que acabei de ver me caiu feito uma luva... não o final feliz, obviamente, mas a parte em que a protagonista que leva um chute na bunda diz que foi assustador perceber que ainda iria amar de novo. Ah, o filme é alguém como você. É bonitinho! É que o pior é isso mesmo, sabe?, quando cai a ficha de que o namoro acabou: eu vou passar por esta merda de novo. Provavelmente por indefinidas vezes, ou pelo menos enquanto meu coração não for todo de pedra... :/

it sucks!

Imaginar que me apaixonarei e talvez seja correspondida até certo ponto e daí terei o coração partido em pedacinhos e ficarei miserável durante muito tempo e aí ficarei entorpecida durante outro tanto de tempo e, quando eu achar que estou legal, lá vem outro pra me arrebatar e – adivinhem – me quebrar as pernas!
Solução? 1. daqui pra frente eu volte aos tempos de adolescente e só tenha amores platônicos... puuutz... que merda. Detesto ter que recomeçar. Eu acho que gostaria de acreditar em amor eterno só pra não ter que recomeçar, achar um cara e amá-lo pra sempre e ser amada pra sempre pra não ter que recomeçar com outro nunca mais. Ai como detesto esse tipo de recomeço... mas, enfim, pra quem não é tão adepta do platonismo, é inevitável, né? ou seja, a opção 2. é me tornar assexuada, mas acho que não consigo. Até fico sem sexo por longos períodos (não por vontade própria, a verdade seja dita), mas eu continuo me interessando por caras, continuo os achando interessantes fisicamente. Continuo dividindo-os entre comestíveis e não comestíveis. Claro que eu não saio por aí jantando homens todas as noites (não por vontade própria, a verdade seja dita), mas ainda posso sonhar, né? :>

Confesso que fico chateada com o Denzel Washington e com o Chico Buarque porque eles não assumem que me amam loucamente, mas, enfim, eu os perdôo porque eles não me conhecem. Quanto aos outros homens, esses que ficam me fazendo ter que recomeçar, a esses eu jamais perdoarei!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

shopping problem...

Meus deuses do cartão de crédito e dos empréstimos consignados! Entrei na siciliano pra comprar um livro. Um único livro: a breve história do mundo. Era só isso, entrar, pedir pra algum vendedor me entregar um exemplar, ir até um caixa, pagar e sair. Coisa simples e rápida.

Saí de lá muito tempo depois, com dois livros e nenhum deles era a breve história do mundo...

Eu só lembrei do bendito livro quando já estava no ônibus voltando pra casa, isso depois de ter passado na farmácia, na renner, e – pra fechar com chave de ouro as gastações – nas lojas americanas. Pelo menos eu comprei os dvd’s que realmente gosto muito e pretendo rever várias e várias vezes.

Tenho um problema com compras: meu limite do cartão de crédito... :/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

deferido ou indeferido?

Levando-se em consideração que:

- ainda não morri de calor nessa Brasila eterna;
- não morri atropelada pelo entregador do verdurão em sua bicicleta;
- não ganhei na loteria apesar de jogar pelo menos quinzenalmente;
- as férias estão a mais de um mês de distância;
- o Obama ganhou as eleições;
- o Apocalipse ainda não aconteceu;
- ainda consigo manter conversas coerentes com outros seres humanos apesar de sermos animais muito esquisitos;
- tenho tido idéias estranhas sobre a função dos relacionamentos amorosos;
- ainda não terminei de ler “a vida como ela é” e nem “romance negro” porque agora comecei a ler o livro dos 50 contos do Machado de Assis;
- preciso separar umas roupas que não uso mais pra doar;
- estou tentando não me estressar no trabalho que, aliás, tornou-se minha principal fonte de estresse deixando minha família em segundo lugar;
- preciso arrumar umas coisas aqui em casa que estão fora do lugar há séculos;
- continuo amando o dia quando chove de noite e as cores ficam intensas e tudo é fresquinho e iluminado;
- adoro chá gelado, mate ou preto;
- os homens me deixam desorientada quando me atraem;
- a montanha-russa emocional persiste em persistir(!);
- aprendi a sincronizar legendas e agora estou viciada nisso; e
- faz tempo que não tomo sorvete de pistache com licor de menta,

Resolvi baixar meu consumo de café no trabalho.

Que os deuses me ajudem nesta empreitada.

domingo, 2 de novembro de 2008

férias de mim

Pois é, Brasil, ontem a noite fiquei sem internet e, pra me entreter, fui limpar a casa... :/
A louça não deu tempo de lavar, deixei pra hoje. Agora falta o ânimo... deixei-a em stand by pra pensar no caso dela daqui a pouco quando eu terminar de escrever isso daqui.

Hoje fui acordada por uma mensagem perguntando se tinha que cobrir o fundo da tela de branco antes de se pintá-la. Na hora achei que era outra pessoa, acordei meio desorientada, como sempre, e até fiquei aborrecida por ter sido acordada às 12h39 por uma mensagem com esse conteúdo. Depois de tomar uns dois copos d’água pra amenizar a sede e o calor (sempre acordo com sede, mas neste calor dos infernos que tem feito nessa Brasila eterna ultimamente, a coisa piora), me acalmei e respondi. Eu bem que gostaria de saber o que ele está querendo pintar. Gostaria de vê-lo pintar... Penso muito nele, no que ele tem feito, se está bem... os laços não se rompem tão facilmente. Bem, alguns sim, especialmente porque minha memória é um lixão. Enfim, com as coisas que têm acontecido ultimamente, tenho dado ainda mais valor ao que a gente tinha, que era profundo.
Agora me sinto na superfície. Na superfície das pessoas e das situações. Isso não é necessariamente ruim, é só bastante diferente. É preciso me adaptar a este momento novo. Muito novo. Preciso entender que é preciso viver um dia de cada vez e aproveitar o que esse dia tem de bom. Aproveitar o melhor lado das pessoas que me cercam, sem nenhuma cobrança nem expectativa. Parar de tentar saber tudo de antemão. Parar de querer saber qual o meu papel, o que eu significo exatamente. Nem sempre dá pra se saber exatamente de coisa alguma. É bom deixar que tudo flua. Só isso. Eu sei que sou uma control freak, e é por isso que acho que as coisas têm acontecido da forma que acontecem: preciso parar de pensar e viver. Só viver. Ou pelo menos não deixar que tudo o que eu penso seja um freio.
Por que eu não posso me permitir viver o que quero viver? Não o que devo, ou que posso, mas o que eu quero, seja isso certo ou errado. Certo ou errado pra quem, afinal? Preciso parar de pensar tão preto-no-branco assim. Eu me esqueço das nuances... me esqueço de todos os matizes entre o sim e o não, o certo e errado... tento me policiar, mas às vezes esses julgamentos puritanos são mais fortes que eu.
Pois bem, que se foda tudo! Tô de férias! E vou aproveitar essa viagem de todas as maneiras. Tô de férias de mim.