segunda-feira, 6 de abril de 2009

blog fechado pra balanço

Há dias que eu venho tentando escrever e não consigo. Eu tenho alguma coisa pra dizer, mas não consigo. Não sei o que é, não sei...
Eu abro o blog e... nada. Nenhuma letra, nenhum sinal. Nada.
Com a minha suposta monografia em andamento é a mesma coisa: nada. Aquela estória do cachorro que corre atrás do próprio rabo me cai como uma luva agora. Sou um cachorro correndo atrás do próprio rabo e... estou sem palavras. Pelo menos não estou angustiada – ainda. Eu continuo falando pelos cotovelos com as pessoas, mas nada de relevância, nada que importe. Nada.
E eu olho pras folhas em branco do meu diário e... é como se nada me acontecesse, como se eu não pensasse sobre coisa alguma e nada sentisse. Mas isso não é verdade! Eu penso, eu sinto, eu vejo coisas e tenho vontade de falar sobre elas, só que no momento em que pego uma caneta e meu caderno tudo some. Fica aquele branco neutro, o vazio.
Tampouco tenho conseguido ler como deveria. A concentração foge-me, escapa por entre meus dedos como os sonhos que a gente tenta lembrar e não consegue mas sabe que acabou de sonhar com algo...
Eu agora vivo em estado de suspensão. É uma permanente sensação de reticência. Três pontinhos. Como se cada pensamento escapasse antes que eu pudesse agarrá-lo e aí só sobra o vestígio, as reticências indicando que alguma coisa esteve ali e foi-se embora... estilo ...e o vento levou
Não sei se foi o vento que levou ou se foi o gato que comeu, só sei que é isso aí, não tenho o que escrever. Nada me aparece nessa cabeçona de mamão. Se alguém se deu ao trabalho de abrir isso daqui pra ver se eu havia escrito algo, desculpe-me, acho que esse blog está fechado pra balanço por tempo indeterminado.
Quanto a mim, continuarei tentando viver sem me fechar a mim também pra balanço. Tentarei ler o que preciso e escrever o que preciso e me formar e começar um cursinho pra ter outro emprego fora do GDF maldito nojento e asqueroso e, de preferência, que dure só 6 horas diárias porque eu quero desesperadamente cursar museologia e é um curso com matérias vespertinas (a UnB sempre oportunizando dores de cabeça pra classe trabalhadora...) e é isso. Esse é o meu plano. É o máximo de visão de futuro que eu consigo ter, de planos que consigo fazer. A idéia de ganhar na megasena continua, mas como não cabe somente à mim realizá-lo e sim à uma série de fatores que independem da minha vontade, é melhor eu não contar muito com ela.

Abraços fraternos a quem quer que se digne a ler este post e até o retorno.