terça-feira, 16 de outubro de 2007

partidas...

Toda vez que ele vai embora eu tenho dificuldade pra dormir. Quando ele está aqui, sempre durmo relativamente cedo, mas não tão bem quanto quando estou sozinha. Acho que nunca me habituarei a dividir uma cama. Eu gosto de dormir sozinha, barriga pra baixo, cabeça de lado. Algo do tipo “lei da frontalidade” do colchão... :/ Ok, piadinha infame... também, já passa de meia noite e meia e tenho que acordar às 6h20 pra conseguir chegar à aulinha a tempo...

Toda vez que ele vai embora é assim. Não sei porquê. Quando ele vai chegar também fico assim nessa dificuldade em cair no sono, fico tentando me ocupar com alguma coisa pra pensar menos e me cansar, mas simplesmente não acontece. Eu não me canso e nem vem o soninho que, normalmente, vive me espreitando.

O feriado pra lá de prolongado foi bom e eu continuo pensando fortemente que morar junto é uma coisa de outro planeta. Eu até acredito em vida extra terrena, mas nem estou querendo ver pra confirmar não. Enfim, morar junto é difícil demais, mas a dificuldade nem é o pior, o pior é a inutilidade de se morar junto quando se pode perfeitamente morar separado de quem se gosta. No meu caso é um morar junto em doses homeopáticas porém, simultaneamente, é u,a dosagem de sossega leão! Quando o Gustavo vem pra cá, ficamos o tempo inteiro juntos, vinte e quatro horas. Eu queria muito mesmo era que ele morasse bem ali na asa norte, aí a gente poderia se ver mais vezes durante o mês em menos horas diárias. E eu poderia, só pra variar, manter o namorado e a casa organizada ao mesmo tempo, coisa que fica difícil quando ele está aqui e quem me conhece sabe que sou p-s-i-c-o no que diz respeito às coisas e seus respectivos lugares. Seria ótimo poder ir bagunçar a casa dele! Infelizmente, ele não se incomodaria, como todo bagunceiro nunca se incomoda... :/

Definitivamente eu AMO morar só e, por mais que eu goste de tê-lo por perto, morar sozinha ainda é minha primeira opção.

Vi vários filminhos com cara de sessão da tarde, tomei todo o sorvete de passas ao rum com licor de chocolate que eu quis. Dormi mal a maior parte do tempo. Ri de bobagens, me estressei com bobagens. Desmanchei as tranças. Limpei a casa, fiz comida, fiz até duas bolsas! Tudo com a ajuda direta e indireta do Gustavo. E agora que ele foi embora, dá uma tristeza... agora só o verei no mês que vem...

Queria que nossa estória tivesse menos partidas e chegadas tão espaçadas entre si... :<

Enfim, nada nesta vida é perfeito, n’est pas?

2 comentários:

delvi disse...

Sobre esse papo de morar junto, sei não,tenho tantas crises de mal humor que penso que a melhor coisa é estar junto e morar separado.
Pôxa o Paulo Autran era casado morava no apê dele e a esposa em uma casa, almoçavam juntos e depois cada um ia pro seu canto.
Além do mais qto mais velha a pessoa fica a tendência é não conseguir se acostumar a dividir as coisas.
O estranho é que todos pensam que sou um et por pensar assim,quem sabe um dia não tento essa forma normal de vida pra ver se agüento.

Valdson Bernardes disse...

Olá-a-a!

Pois é... concordo com (e sinto) quase tudo o que você escreveu.

Mas ainda acredito que morar junto é uma boa pedida... e a minha teoria é a seguinte: com trinta anos, você pira com as coisas fora do lugar (eu também sou psico com essas coisas e o James adora as coias beeeeem espalhadas), mas com quarenta anos você aprende a sublimar e pensar "depois eu arrumo isso". E aí você curte a companhia plenamente!

O esquema Paulo Autran / Karin Rodrigues ou Rita Lee / Roberto de Carvalho é bem bacana também! Cada um no seu canto e com as suas coisas, pensamentos e nóias. Mas, acredite: dá pra criar dois universos paralelos no mesmo apê, numa boa! E ainda dormir com os pés quentinhos sem ter que apelar pras meias de lã! ;^)

Beijocas!