sábado, 23 de agosto de 2008

constrangimento

sabe uma coisa que é bem chata e frequentemente me acontece? o que acabou de me acontecer: alguém liga perguntando se eu vou pra festa x e eu digo que nem tô sabendo. não recebi e-mail. não, também não me telefonaram. {mas os caras não são seus amigos? pois é, também achei que fossem. }
- você quer que te passe o e-mail?
- não, não precisa.
pelo menos as pessoas podiam mandar os e-mails avisando das coisas pra pessoa do outro lado da linha não ficar constrangida pelo fato d'eu não ter sido convidada e ter ficado sabendo do evento por outros que não os amigos-organizadores...

engraçado como eu sempre me considero mais amiga dos outros do que os outros de mim. deve ser por isso que venho tendo cada vez menos vontade de sair. às vezes não reconheço ninguém. não faço idéia de quem são aquelas pessoas que eu abraço e beijo. eles não me ligam. eu não ligo pra eles. a gente não conversa nem pelo msn. por que eles ainda me convidariam pra qualquer coisa? é, bem, chega um momento em que é melhor aceitar os fatos e jogar a toalha, pendurar as chuteiras. eu não tenho tantos amigos quanto imaginei que tivesse. deve ter umas três ou quatro pessoas a quem eu posso realmente chamar de amiga/amigo, mas não sei por quanto tempo. sou uma péssima amiga. não é à toa que o círculo está se fechando cada vez mais...

- a gente passa aí pra te pegar às dez.
- não vou mais não... {brochei pra vida hoje de novo. ficarei em casa comendo lasanha da sadia, depois sorvete - pelo menos é Häagen-Dazs! - e ficarei acordada até de madrugada vendo dvd's}
ontem eu estava animada. hoje não tô nem um pouco. quanto mais fico em casa, mais quero ficar. não quero sair daqui nunca mais. de jeito nenhum. pra fazer nada por mais interessante que pareça. talvez parecesse legal ontem enquanto eu ainda tinha vontade de sair e dançar. hoje não quero nada.
este desânimo é culpa de ontem. eu só aguento sair uma vez por semana. e não é por falta de forças pra dançar, é por falta de forças pra encarar pessoas se divertindo, na pegação, bebendo e tudo mais, e eu ali tentando fazer de contas que tudo está bem. tudo está bem. repita comigo, Verônica: tudo está bem.