domingo, 30 de agosto de 2009

partida

- Quisera eu abraçar-te.
- Tuas mãos estão ocupadas.
- Então abraça-me tu.
Eu o abracei. Ele disse-me ao pé do ouvido que voltaria logo. Sorri como se acreditasse e ele se foi.

Quisera eu, agora, aqui, abraçar-te e somente a ti Homem. Sentir teus pêlos raspando meu rosto. Mas teu coração está ocupado, jamais poderias abraçar-me, não a mim, uma mulher ordinária da cabeça aos pés. Comum.

Nunca fui tua, nunca foste meu. E, no entanto, estás aqui todo em minha memória.

Adeus, Homem.

Minha boca ordinária beija tua lembrança enquanto durmo e te sonho sorrindo como se eu acreditasse na tua volta...

2 comentários:

Anônimo disse...

aléluia... pensei que tinhas parado.. "de escrever"

bj e fica bem

M.M. disse...

Ao te ler... consigo ver perfeitamente cada pedaço desta história... que se confunde com a minha... que me fez suspirar de saudades...
Muito bom!
Gostei!
Beijos