terça-feira, 13 de janeiro de 2009

fim de ano - início de ano

A transição de 2008 pra 2009 foi super tranqüila pra mim. Nada de extremamente interessante, emocionante ou dramático aconteceu, o que eu considero positivo. Nada de excessos, nem mesmo de álcool. Decidi que o próprio reveillon deveria ser mais pra tranqüilo, então pus um vestidinho branco, minhas botas e fui dançar a noite inteira bebendo só fanta e guaraná. Achei que seria bom isso, começar 2009 de um outro jeito. Normalmente eu uso preto e vou a alguma festa com os amigos e sempre bebo. Deve ser pura superstição mas e daí? O lance é recorrer a tudo o que estiver ao alcance. Eu acho.
Não estive muito inspirada pra escrever nesses últimos dias. Andei muito é pensando na vida como sempre, não fazendo aquelas resoluções de ano novo que uma caralhada de gente faz – inclusive eu costumava fazer – só pra depois não fazer porra nenhuma do que havia pensado em fazer. Não, não. Eu estive pensando nas coisas que tem me acontecido e em como eu estou reagindo a elas e o que eu poderia fazer pra que fossem melhores... Não cheguei a conclusão alguma. Mas não escrevi porque não tenho sentido muitas coisas, nem raiva, nem amor, nem nada disso. Ando meio anestesiada, mas isso é bom, é bom ficar um tempo no stand by das emoções porque comumente estou sempre agitada, nervosa, ansiosa, enfurecida e isso nunca me leva a nada além da verborragia... Devem ser os hormônios.
Mas semana passada eu larguei o ócio filosófico das minhas férias e fui passar uma semana em São Paulo com duas amigas na casa de um casal de amigos nossos e foi uma semana muito boa. A nossa amiga não estava em casa, só o marido dela. Ela chegou na véspera da nossa volta. Eles são um casal lindo e agora a família aumentará com o nascimento próximo da primeira filhinha deles. Ver esse tipo de coisa, o carinho entre eles, o cuidado, ver essas coisas me faz ter esperanças porque eles estão juntos há anos e ainda se tratam como se fossem namorados. Acho triste ver esses casais que nem andam mais de mãos dadas, que não se beijam e não fazem carinhos... Mas vendo os dois é tão claro o amor entre eles e eu penso que o mundo não precisa ser esse mundo cão e que há chances das pessoas realmente encontrarem um amor que dure e que não seja uma fantasia romântica mas sim a vida de duas pessoas unida por um mesmo propósito. E, mais ainda, talvez um dia eu viva isso. Existe uma esperança. Ressalva: não quero viver a parte do casamento e dos filhinhos, só a parte do amor duradouro, tá bom?, de preferência cada um morando na sua própria casa, mas, enfim, era isso o que eu queria escrever hoje, que há esperanças.