segunda-feira, 29 de setembro de 2008

meu tronco, meu galho

estranho como nesta montanha-russa emocional as coisas me chegam com tanta intensidade e depois simplesmente desaparecem.
serão os hormônios?
a idade?
o aniversário chegando e, com ele, a marca dos 31? se bem que eu costumo gostar de comemorar meus aniversários porque, enfim, acho que é um prodígio alguém instável como eu conseguir sobreviver à mais um ano de vida...

lembro dos caras de que já gostei, do estrago que fizeram e do estrago que eu mesma causei neles e em mim... aí eu digo pra mim mesma que o melhor é nunca mais me apaixonar. amor então, nem pensar! tá louca?!
três segundos depois, se eu ouvir uma música bonita ou se eu vir alguma cena bonita na rua, nem que seja um galho dançando no contrastante azul desse céu, eu penso que fui feita pra me apaixonar. não exatamente pra ser amada, ou pra ter um relacionamento duradouro, o que seria ótimo agora, mas eu fui feita pra me apaixonar no matter what. mesmo que seja por um cara que não goste de mim, ou por um que esteja à quilômetros do meu alcance ou ainda por um que só exista na minha imaginação. não importa. talvez isso seja o traço mais forte da minha imaturidade. o segundo é querer tudo pra ontem. daqui a pouco é uma eternidade pra mim. quem não pode me dar o quero agora, já não é bom o bastante pra o meu desejo que prefere o nada do que a metade.
preciso crescer, eu sei. preciso de verdade. é patético uma mulher de 30 anos, quase 31, agindo de forma tão inapropriadamente adolescente. infantil no pior dos sentidos. mas como é que a gente decide quando e onde crescer? como se abandonam algumas características que parecem estar absolutamente enraizadas naquilo que poderíamos definir como o nosso Eu? como é que se faz isso? como a gente arranca um galho podre do nosso próprio tronco?

aceito sugestões que não envolvam adesão a movimentos religiosos.

obrigada.

3 comentários:

Lili disse...

sugestão eu não tenho.
mas faço seu questionamento meu tb...

=***
sorte para nós

Chica X disse...

adoro seus textos. muito, mesmo.
e vivam as neuroses das meninas de 30 anos!

Verônica Lima disse...

valeu gurias!

e, eita porra, tem amis alguém q lê as coisas q escrevo! será q eu deveria ser mais cuidadosa com o q digo??

até parece... :>