domingo, 25 de agosto de 2013

Poeta

Ele é poeta, contudo fala pouco.
Gosto dos silêncios que ele preenche com beijos e risos.
Ele sorri o tempo todo.
Comecei ao contrário com ele, detestando esse sorriso perene porque eu sempre implico com a felicidade alheia.
Agora quando vejo que sorri, sinto um conforto enorme.
Ele fala pouco e lendo seus poemas entendi porquê.
Agora eu fico mais calada também e é bom não precisar dizer nada, nem o óbvio e nem o obscuro.

Agora eu gosto dele porque o conheci pelos sentidos, pelo corpo.
Eu me calo para sentir mais.