domingo, 24 de abril de 2011

histórias de partidas

"E se ele me abandonar?"
Tratei de cercá-lo de todas as formas e, para que não me fugisse, andava sempre segurando-o pela mão. Com força.
Dormia agarrada a ele para que nem em sonho me deixasse. Tornei-me um polvo. E, assim, escapou-me por entre os dedos como, por entre dentes, aquele primeiro pensamento.

...


Cada um que ame seus filhos e seus bichos de estimação. À mim já me bastam meus defeitos.


...


Bastou a ele que colhesse sua alma em botão para que ela, transformada naquilo que ele queria, um fantasma, uma sombra - num gesto higiênico - fosse jogada fora como sempre são - e devem ser! - aquelas que se reduzem apenas à satisfação do capricho alheio.
Morreu à mingua.
Morreu à toa.