segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

forever lost...

Estranho como algumas coisas simplesmente grudam na gente, ficam impregnadas e não saem mais...
Uma colega de trabalho me cobrou um cd que eu prometi pra ela há meses e nem me lembrava mais. Um cd de bandinhas novas porque ela só conhece audio slave e cold play do led zeppelin pra cá... aí eu me dediquei durante algumas noites a ouvir os cd’s que gravei pra mim com as tais bandinhas pra escolher as mais bacanas pra ela. Quando topei com o magic numbers foi ouvir e chorar. Chorei como há dias não chorava. Era a bendita da bandinha que mais me lembrava Ele e eu não ouvia em meses. E eu não conseguia parar de ouvir. Chorei copiosamente até que acabaram as lágrimas. Mas as lembranças não acabaram, não secaram. Não é uma merda isso?! Como é que pode um troço desses? Daqui a pouco faz um ano que tudo acabou e, puta merda, nada acabou. Não dentro de mim. Acho que deve ser assim que a gente se sente quando faz um aborto ou quando sente coçar o braço ou a perna que foi amputada... A coisa está lá, a gente sente ela, mas não há nada ali. Nada.
Que merda. Acho que nunca mais quero amar ninguém na vida, pelo menos não alguém que não esteja destinado a ficar comigo até que o amor acabe pra pelo menos uma das partes envolvidas... :/

Fuck...

Talvez isso acabe um dia de uma hora pra outra. Talvez eu acorde um belo dia, que nem precisa ser tão belo assim, e – voilà! – desapareceu. Ele não está mais aqui, sumiu. E quando eu ouvir músicas que eu achava que tinham tudo a ver com Ele ou conosco, eu vou dar de ombros e isso não vai me afetar, a vida terá finalmente seguido adiante. Eu terei seguido adiante. Espero que Ele faça isso o quanto antes, mas não, Ele me aparece do nada e me pergunta o que eu farei no carnaval. Eu queria que a pergunta tivesse um propósito melhor do que satisfazer uma simples curiosidade. Foi isso o que ele me disse quando perguntei porque ele queria saber o que eu faria e ele falou que não era nada, pura curiosidade. Eu queria que Ele quisesse me ver. Ok, eu não vou mudar meus planos por causa Dele a essa altura do campeonato porque já está tudo pago e acertado, mas eu queria que Ele quisesse, mesmo que fosse um impulso estúpido, dá pra entender? “...I’m not a bad man, I’m just overwhelmed...” Eu não vou mais propor que a gente se veja, com sorte não farei isso nunca mais mesmo que eu queira muito, desesperadamente, mas não posso me esquecer do que aconteceu da última vez que agi por impulso com Ele. Ele não é como eu, Ele não é impulsivo. E por que deveria ser? Eu não dou garantia nenhuma de nada. Nunca. Ele faz é muito bem em se manter distante e neutro. Mas eu não quero fazer mal pra Ele, eu só fico realmente sem saber o que fazer com tantas coisas passando pela minha cabeça e me deixando assim transtornada, mexendo com meu corpo, fudendo as minhas entranhas. Hoje senti uma puta duma cólica do nada. Do nada! Meu corpo tá me matando! Tá me sabotando totalmente. Malditas somatizações. Uma merda isso também.
Queria ter culhão pra ligar pra ele e falar que quero conversar seriamente com ele, olhando nos olhos dele. Depois do carnaval. Mas eu não tenho culhão pra isso não. Mais uma rejeição, uma simples hesitação que seja e eu desmorono pra valer. Me desfaço e não vai ter superbonder no mundo que cole de volta. Então não tô podendo correr o risco de surtar agora que o ano acabou de começar.

Preciso deitar e dormir pra conseguir chegar na hora na merda do trabalho. Odeio acordar cedo. Odeio ter que ter hora pra acordar. Uma merda isso também.

trilha sonora

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

colecionismo

Continuando com a maratona de achar espaço na minha casa, ou melhor, nesse cafofo em que vivo, fiz uma coisa que me deixou literalmente com ânsia: joguei fora todas as embalagens de remédios que usei no usei passado fora. Eu não sei porque guardo essas coisas, só sei que na hora em que tenho que jogar fora, me dói! Eu sempre acho que aquilo tem alguma finalidade ainda não revelada, mas que algum dia eu saberei o que fazer com tudo o que guardo.
Olha, tem sido um parto a fórceps me livrar dessas coisas... primeiro as revistas, depois os trabalhos de faculdade, os papéis que não uso, os recibos, etc... as roupas pra doação eu já separei e domingo levo pra minha irmã dar na igreja dela, mas as roupas não me causam emoção nenhuma, essas eu dôo periodicamente, mas os papéis e as outras coisas inúteis, ai... essas doem fundo, e me deixa mesmo nauseada ter que jogá-las fora... :<
Agora vou tomar banho e dormir e não pensar que joguei tudo fora... afinal era pra ter sido a faxina de fim de ano que eu fui embromando, embromando e agora já estamos em fevereiro e eu ainda não terminei de me livrar do que não uso pra ter algum espaço e conseguir me movimentar nesse ninho de mafagafos! Acho que acabarei sendo a velha doida das caixas se continuar com essa acumulação desenfreada de inutilidades, igual ao velhinho que passa num dos episódios da segunda temporada de Dexter, o velhinho que é vizinho do Rodrigo e anota tudo de “anormal” que acontece na rua e que tem trocentas caixas espalhadas pela casa cheias de sabe-se lá que inutilidades... ó céus, acabarei em casa de pijama e meias vigiando a vizinhança pela janela! Ai, não! Credo!
Bem, o que aprendi com isso é que não adianta querer largar os vícios assim de uma hora pra outra porque esse colecionismo só pode ser um vício! O lance é ir se livrando dele aos poucos... bem aos poucos... fazendo um esforço de cada vez porque não tenho mesmo forças pra fazer tudo de uma vez. Não dá pra jogar fora de uma hora pra outra tudo o que fui acumulando ao longo dos anos e que têm valor sentimental pra mim! Entretanto, não vou amolecer frente ao desafio de me livrar de tudo o que pode ser considerado inútil por mim, é claro, não vou usar os critérios de outra pessoa pra remexer nos meus objetos pessoais. Tem uma amiga minha que disse que vem aqui em casa fazer um limpa nas minhas coisas com o maior prazer porque ela adora jogar coisas fora. Mas de jeito nenhum, disse eu! De maneira alguma vou deixar que outra pessoa decida o que é útil e o que é inútil pra mim. Pelo menos não em relação aos meus objetos. Com outras coisas eu não sei, até porque quem tem chefe não tem lá muita autonomia e tem que engolir muito sapo...
Enfim, eu manterei vocês, poucos e queridos leitores, informados quanto ao meu progresso durante esse período de diminuição do volume de objetos colecionados. Será que tem algum serviço como o AA pra quem sofre de colecionismo? Uma espécie de “10 passos pra quem quer deixar de colecionar compulsivamente” ou coisa do gênero? Acho que no final de semana vou googlar isso pra ver o que encontro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Eu sou interessante!!!

Hoje aconteceu uma coisa muito bonitinha no trabalho, acho que foi o ponto alto da semana: duas colegas me disseram que se eu fosse homem, iam querer ser muito mais do que minhas amigas!
Motivo: eu sou a pessoa mais incrível que elas conhecem! Pode?! Puxa, fiquei tão feliz, tão emocionada!!! Achei tão bacana elas me elogiarem e me dizerem porque me achavam assim tão interessante e intrigante!
Pelo menos uma vez é bom receber elogios ao invés de críticas ou das costumeiras zombarias de anônimos... Puxa, é que dificilmente pessoas me elogiam pela forma como eu me comporto, pelas idéias que defendo. Normalmente as pessoas elogiam meu novo corte de cabelo, uma ou outra camiseta debochada, essas coisas fúteis que eu adoro, mas me elogiar porque eu sou uma pessoa com “valores” fortes, porque sigo uma ética firme, porque não acredito em deuses mas respeito todo mundo, escuto o que as pessoas têm a dizer a respeito de suas crenças, isso é beeeem difícil de acontecer e eu me senti feliz por isso, por ser elogiada pelo que eu sou, não só pelo que eu aparento ser.
Eu sou interessante! Legal, né?! :>

Ah, e uma delas sabe que eu cometi um grave deslize na minha conduta, mas eu nunca preguei que eu ou qualquer outra pessoa devêssemos ser perfeitas, ao contrário, eu sempre digo que a gente tem que respeitar todo mundo e tentar entender as fraquezas das pessoas, tentar fazer o possível pra que a nossa convivência em sociedade seja suportável e, por que não, até boa! A outra não sabe porque como é um erro que já foi encerrado, não é lá coisa que eu queira sair contando pra todo mundo. Talvez daqui a um tempo eu conte a estória omitindo os nomes verdadeiros e coisas do tipo pra não comprometer os envolvidos ou deixar que as pessoas escolham contar ou não a sua própria versão dos fatos.... enfim, eu sou legal e isso não muda nada! :p

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

losing my favorite game...

A voz grave dele entrando pelo meu ouvido e reverberando. Eu olho pra ele com o canto do olho e vejo todos os detalhes, e o que não vejo, imagino. Rio, olho pra frente. Olho pra o chão. Olho pro lado oposto. Danço mais um pouco. Ele força o efeito que tem em mim segurando minha cintura enquanto fala ao meu ouvido e me faz divagar. Eu rio e desvio os olhos dele e digo não sem a menor convicção. Então fala não olhando nos meus olhos, ele me diz. Claro que eu faço o que tenho forças pra fazer, rio e sacudo a cabeça em negativa enquanto olho pro chão. Tento dançar. Wanna dance my problems away, my life away.
Será possível que ele ainda não percebeu o estrago que faz em mim?! E no final das contas ele me dá um beijo na bochecha e se afasta. Eu respiro fundo, tento me recompor e sigo em frente porque permanecer no mesmo lugar significa me render. Vou em frente. Não procuro nada. Não quero nada além do que não posso ter, mas quem foi que disse que a vida seria justa? Quem disse que seria fácil?

Odeio tomar a decisão certa!

Quero que a porra do certo vá pra Putaquelhepariu! Droga... Porra de decisão certa pra quem?? Será que eu tô fazendo isso por mim mesma ou por ele ou por ela? Merda de consciência...

Mas agora já tomei a porra da decisão e assumi os freios que vão me deixar quietinha, na minha. E viajarei no carnaval. Pra mim isso é como retiro espiritual, só que ao invés de ficar rezando, eu danço, corro atrás de bloco, de banda, suo horrores, reclamo da porra do sol e rio dos bêbados e das pessoas com fantasias engraçadas e acho sempre uma merda não ter onde mijar, mas eu me divirto e isso é liberador. É catártico. E eu vou deixando as angústias de lado à medida que corro pra lá e pra cá e vejo lugares novos e relembro outros lugares e passo por situações engraçadas porque estou sempre sendo zuada por causa do visual... mas se normalmente não fico levando as coisas pro lado pessoal, no carnaval menos ainda: sorrio e sigo em frente achando tudo ótimo desde que a música seja boa. Por isso quero distância de onde toca axé ou coisas do gênero: se músicas legais me relaxam, me animam, músicas que detesto me deixam mal-humorada, puta da vida mesmo. E tudo o que eu não quero é estressar em pleno carnaval. E, acreditem se quiser, aprendi a sambar!!! Ah, muleke, só vai dar eu sambando feito uma gringa louca e desajeitada!!! :>

Mal posso esperar até que o carnaval me lave a alma e afogue minhas mágoas. Até lá... bem, enquanto isso vou tentando seguir adiante com minha vidinha, saindo pela tangente, escapando desses homens complexos demais pra mim, tentando manter tudo sob controle. Oxalá eu consiga me manter sob controle...

trilha sonora

domingo, 1 de fevereiro de 2009

sábado de verdade

Ah, hoje eu não fiquei em casa a noite sozinha resmungando não! Hoje eu tinha um Plano B! E deu certo!
Primeiro eu fui pra casa de uma das minhas irmãs em Sobradinho, almocei por lá uma deliciosa galinhada com pequi e depois fomos comprar uns tecidos e aí eu tive aquela sensação de que as coisas mudaram, parece que tem mais gente nas ruas do comércio da quadra central, mas tudo continua tão provinciano quanto sempre e que aquele ali não é mesmo meu lugar. Nunca foi. Senti-me feliz por ser só uma visitante. Tomamos água de coco, passamos na casa do meu irmão mais velho e, depois de contemplar duas cunhadas tomando banho de piscina com seus respectivos filhos, meus sobrinhos queridos que eu adoro, senti que estava mais que na hora de ir embora. Esses ambientes não são pra mim. Sinto-me presa. Acho assustador. Bem, eu fui lá pra deixar as lembrancinhas que trouxe de SP pras minhas sobrinhas e depois disso feito não tinha muito o que conversar e nem o que fazer ali. Fui lanchar com minha irmã numa padaria perto da casa dela que também é lanchonete e tem umas paradas muito gostosas. Impressionante como as coisas nas satélites são mais baratas do que em Brasília. Sinto falta da padaria perto da casa do meu pai com aqueles bolos deliciosos e os salgadinhos deliciosos.
Minha irmã acabou me levando pro conic, aí vi uns showzinhos que me deixaram totalmente nostálgica porque fazia muito tempo desde que eu não via esse tipo de show, desde o final da minha adolescência... Depois fui beber com meus amigos. Cheguei em casa depois das 2h, cansada, tomei banho e fui dormir depois de escrever isso. Não executei o Plano A que era sair pra dançar a noite inteira, mas pelo menos consegui conversar bastante e rir e me divertir com os meninos ao invés de ficar em casa xaropando sozinha. Não bebi muito pra não passar mal, o que no meu caso significa dizer que tomei uma keepcooler e uma dose de xiboquinha. Qualquer coisa além disso poderia me deixar mal. Matei a vontade de comer churrasquinho de gato também. Tinha uns bons dias que eu tava sentindo vontade e não tinha coragem de. Eu gosto do churrasquinho de gato do Pauí.

Ainda vou criar coragem e largar de ser maricas e pegar telefones de caras q eu vi e achei fofos pra... pra... bem, ainda não sei bem pra quê e nem qual desculpa usarei no dia em que conseguir fazer contato... Será que simplesmente funciona perguntar se o cara quer tomar um café? Quando eu tiver um tempo, perguntarei pros meus amigos pra ver o que eles dizem sobre isso. Porque é fácil convidar um cara que eu quero que seja meu amigo pra ir tomar um café, mas quando amizade seria o desfecho infeliz da estória, aí fica difícil...